A maior burrice que fiz na minha vida
e uma novidade que vai te ajudar a fotografar melhor: a consultoria gratuita
Em 2021 comecei um dos meus maiores desafios: viajar e fotografar pelo país, era uma idéia de infância que persegui com sangue nos olhos! A Motorola e Marinha me patrocinaram em um projeto de expedição, a Brasil Gigante, a primeira feita com celulares em todo o mundo!
Um detalhe curioso: para fugir da crise financeira que assolava (e ainda assola) o Rio, eu passei a trabalhar exclusivamente com a internet, os cursos deixaram de ser presenciais e foram lentamente para o online e, nesse processo, acabei esbarrando com o onipresente discurso do marketing digital.
Aviso de desabafo:
É um canto da sereia envolvente, como mais de 90% dos brasileiros vivem com até R$ 3.500,00 mensais, a promessa de ganhar quase três vezes mais em muito pouco tempo, além de ficar conhecido “na sua região”, seduz qualquer brasileiro que trabalhe como um camelo sob o sol.
Uma coisa que me incomoda bastante é que o discurso não muda independentemente da atividade, centenas de especialistas vendem cursos de copy cuja resultado é basicamente o mesmo: ganhe entre 5.000 a 10.000 reais em pouco tempo, sem experiência ou aparecer, para passar para o “próximo nível", mesmo que ninguém lhe conte o que há nesse outro estágio, escondendo o fato que quem pratica isso sai de uma escravidão para cair em outra.
Vou soar arrogante aqui, mas minha mudança da Engenharia para Fotografia nunca se deu por conta de “dinheiro", por esse motivo teria sido mais fácil fazer o que já fazia: era sócio de uma construtora familiar e meu futuro “milionário” já estava traçado na mente dos meus pais, menos na minha.
Lembro que desde criança eu entendia que meu tempo nesse “pálido ponto azul” era limitado e a fotografia surgia como uma bela e contínua oportunidade de conhecer toda a Criação e, desde a mudança, tenho perseguido essa idéia profundamente, com certo sucesso até: já estive em todos os continentes da Terra, menos a África ( vou corrigir esse lapso em breve).
O processo de se estabilizar financeiramente na Fotografia é uma máquina de moeção de carne contínua e dolorosa, capaz de afastar qualquer um que só pense no dinheiro, e um detalhe que tirava o sono da Alessandra, auditora e minha antiga companheira, além de parceira de viagem:
eu continuarei fotografando mesmo falido.
Embora meu discurso na fotografia seja absolutamente cartesiano, analítico, jamais encontrei uma desculpa racional para fotografar, é uma paixão violenta, não há um limite matemático ou financeiro que me impeça ou motive a fotografar.
Eu simplesmente fotografo
Essa é a minha maior dor do marketing digital: os gurus ensinam a ser milionários e não a ter paixão pela habilidade que se quer desenvolver, é uma tábua de salvação.
Fim do Desabafo
Já tinha testado o formato de aulas ao vivo na Antártica, em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela e achei que estava na hora de tentar algo maior, valendo mesmo!
Foram 12.000 km nos ambientes mais deslumbrantes e raros do nosso território e escolhi os celulares porque queria testá-los para valer, em locais onde eles não foram projetados para estar.
O resultado foi revolucionário na minha cabeça, mas isso é papo para outro post exclusivo
Uma outra razão, a principal delas na verdade, foi a busca pela saúde: desde 2006 eu vinha numa batida insana, viajando quase todo final de semana com os cursos presenciais, depois o projeto com a Sony Educa (a primeira plataforma de ensino fotográfico à distância no Brasil), os 10 anos incríveis com o Criadouro Carioca, onde o trabalho era pesadíssimo, aí veio a Pandemia e eu fiz uma escolha MUITO ESTÚPIDA, que eu gostaria muito de avisá-los para não fazer igual:
Deliberadamente sacrifiquei a saúde para ter tempo de realizar meus projetos e o resultado foi desastroso.
Embora eles estivessem se desenvolvendo, eu perdi bastante contato com a minha filha, terminei 2 casamentos e alcancei inacreditáveis 147 quilos, gerando problemas da pele ao coração, todos eles relacionados ao excesso de gordura.
Era o cúmulo da estupidez: quase não conseguir viajar mais por estar gordo além da conta, acredita?
Estava diante do meu sonho se realizando e mal conseguia caminhar 1 km tranquilamente.
A foto que abre esse post me mostra feliz, sozinho, todo suado no primeiro minuto do meu aniversário em 5 de novembro, no convés do Nash Soares de Meirelles, um navio da Marinha do Brasil, que naquele momento, jogara seu ferro (a âncora) em algum local perdido no Rio Amazonas.
Distante de tudo e de todos, sem internet, só com uma camisa branca e um short surrado, banhado pelo luar e ouvindo um barulho surreal da maior floresta do planeta, eu estava absurdamente feliz, porém, morrendo de medo de sofrer um ataque cardíaco no meio do nada e não continuar o projeto.
Admito que enchi o saco das mídias sociais, essa necessidade irrefreável de produzir conteúdo a qualquer custo, ter que fazer algo genial toda semana, ficar milionário em sete dias, uma vida toda editada e sorridente dentro de um Porsche com teto solar.
E eu sonhava com um Land Rover cruzando a Amazônia, no melhor estilo Camel Trophy e Tito Rosemberg.
Eu me questionei profundamente sobre o que estava fazendo, sobre o caminho que a própria fotografia tomava e acerca do que fazia da minha vida, foram anos bem interessantes e dolorosos.
Comecei a caminhar e malhar (recomendo fortemente que você comece agora mesmo!), já perdi 37 quilos e sigo me alimentando bem, todas as taxas normais, amarradão morando com a minha filha e to voltando ao início, sentei novamente na prancheta e me lembrando de tudo o que me trouxe até aqui: o blog!
Eu adorava escrever - adoro ainda - essa era a produção de conteúdo que me fazia feliz e, principalmente, sentido para mim.
Muita gente acha que os blogs morreram, mas meu pensamento é diametralmente oposto, tanto que abri uma versão nova dos blogs, melhor e mais ampla: uma newsletter!
Sim, A Obscura, uma newsletter que chega até você diretamente no seu email, sem que se perca tempo e vida rolando telas para cima.
Minha idéia é colocar mensalmente capítulos do livro que estou escrevendo, juntamente com toda a teoria que eu falo aqui nos vídeos, desde o início, do manejo da câmera, até o uso do flash e a iluminação de estúdio, tudo sequenciado, aqui tem espaço para vídeos, podcast, chats, tudo integrado numa plataforma silenciosa, menos angustiante, que privilegia a escrita e o encontro, vai ter espaço para conteúdo gratuito e pago, o lema é:
"eu te ajudo a fotografar, você me ajuda a fotografar”
Eu pretendo falar sobre experiências fotográficas, além do apertar do botão e ajustes do flash, já que chegou até aqui poderia responder uma dúvida minha? É rápido:
Então aqui fica o convite número um, a primeira coisa boa do vídeo: Conheça e assine a Obscura e, principalmente divulgue nas suas mídias e grupos de whatsapp/Telegram, basta deixar seu email abaixo:
A outra coisa boa é melhor ainda: não tem um dia que eu não receba uma mensagem, um email ou comentário pedindo ajuda, são centenas de fotógrafos confusos com a quantidade louca de desinformação fotográfica na rede, sério mesmo, eu até ja sei quando é uma mensagem desse tipo, normalmente é é um lacônico: "Oi"
Acho que o fotógrafo pensa: não vou perder um tempão aqui escrevendo para esse maluco não responder e, quando vê a resposta, se surpreende: “caramba, vc respondeu, sabia que ninguém responde?” ou então, quando o faz, a resposta é um link para comprar um curso.
Vc não tem idéia da tristeza que isso me dá com o nosso mercado e, para contornar essa situação, eu ja tava tentando algo mas o programa escolhido vivia dando problema, foi quando o Google Agenda lançou uma função sensacional.
Ele permite que você marque horários para uma consultoria gratuita!
Sim, abri 2 horários por dia para escutar suas dúvidas e te revelar como solucioná-las, e duas dicas: anote as dúvidas num papel para aproveitarmos o tempo e repare que a janela de marcação é de 15 em 15 dias, sei lá como estará a minha agenda, então se não conseguir horário, só tentar novamente nas próximas semanas!
Lembra do "eu te ajudo a fotografar, vc me ajuda a fotografar?
Pois é, é só o começo, clica e bora conversar.
Tá sendo bom estar aqui novamente, qualquer dúvida deixa aqui no comentário!
Boa luz e boa sorte!
Parabéns... Você é o cara...
Oi Renato. Você tem duas coisas que me atraem:
- conhecimento sobre fotografia
- experiência
Isso, só isso, já é mais que suficiente para você gerar conteúdo REAL de interesse pra quem realmente vai interessar a você nas redes. Cada vez mais as pessoas estão ficando vacinadas contras os clickbaits e bullshits da vida digital.
Qualidade é a [alavra que deve separar o joio do trigo nas redes. Tanto pra quem assiste quanto para quem posta conteúdo. Afinal, uma coisa chama a outra. O cara que quer um truque rápido de iluminação, por exemplo, tem 329 mil vlogs no YT pra se guiar. O cara que quer entender como a luz funciona, pra chegar onde quer, já tem bem menos opções. Você é uma delas.
Eu gosto muito da sua didática, é clara, sem firulas, tecnicismos, concordo muito, também, com a desmistificação do equipamento. Brasileiro adora comprar qualquer coisa e equipamento fotográfico vira um vício facinho... Aí o cara fica achando que, sem a última versão, ele é um incapaz. Pôrra, já faz tempo que mesmo câmera de entrada é melhor que as câmeras do Bresson, do Avedon, do Capa, do Ansel Adams. MAS... e as fotografias que vemos hoje, são? Pois é, né...
Eu acho que tão importante quanto seus papos sobre o uso do equipamento é dividir a sua enorme experiência, casos, truques, que foram surgindo ao longo dos trabalhos que você fez. Se puder compartilhar um pouco isso com a gente, show!
Equipamento é uma ferramente. Mas nada além disso. O que faz alguém fotógrafo é o olhar e o conhecimento - sobre o equipamento, a técnica, o que se está fotografando. É isso que eu sinto falta, principalmente aqui no Brasil, do pessoal dividindo suas experiências fotográficas, a sua forma de ver as coisas. Talvez, por aí, você tenha uma forma de se diferenciar ainda mais no meio desses produtores de clickbaits.
Obrigado! Abraço!